INTRODUÇÃO: A hemofilia A é uma condição hereditária ligada ao cromossomo X, caracterizada por uma deficiência no fator VIII de coagulação (FVIII), essencial para a formação de coágulos eficazes. A presença de inibidores ao FVIII compromete o tratamento convencional, aumentando os riscos de morbidade, mortalidade e custos associados, especialmente em casos graves que afetam cerca de 30% dos pacientes tratados. Apesar dos avanços terapêuticos, desafios persistem no manejo dessa condição. OBJETIVO: Descrever dados sobre os impactos clínicos, mecanismos moleculares e abordagens terapêuticas relacionadas à interferência dos inibidores do FVIII em portadores de hemofilia A, contribuindo para o desenvolvimento de estratégias mais eficazes e personalizadas. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, com busca realizada nas bases de dados PubMed, Scopus e Cochrane Library. Foram incluídos artigos publicados entre 2010 e 2023, em português, inglês e espanhol, que abordassem prevalência, detecção, manejo e consequências dos inibidores em pacientes com hemofilia A. O processo de seleção seguiu o modelo PRISMA, avaliando títulos, resumos e textos completos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os estudos revisados destacaram a eficácia da indução de tolerância imunológica (ITI), profilaxias avançadas e agentes de desvio, como emicizumabe, na redução de episódios hemorrágicos. Terapias emergentes, como a terapia gênica, demonstraram potencial para controle a longo prazo, embora enfrentem barreiras relacionadas à segurança e acessibilidade. Avanços em técnicas de detecção, como o ensaio Bethesda ultrassensível, aumentaram a precisão diagnóstica. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O manejo da hemofilia A, especialmente em pacientes com inibidores, requer um equilíbrio entre abordagens tradicionais e inovações terapêuticas, guiado por evidências robustas e centrado no paciente. Pesquisas contínuas e tratamentos personalizados são essenciais para melhorar a qualidade de vida e os desfechos clínicos.
ANÁLISE HISTOPATOLÓGICA DE TUMOR MIOEPITELIAL COM DIFERENCIAÇÃO EM ADENOMA PLEOMÓRFICO: UM RELATO DE CASO
O Adenoma Pleomórfico (PA) é o tumor benigno mais comum